sábado, 15 de outubro de 2011

Parabéns pra você?


“Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida...”; “É pique... É pique... É pique, é pique, é pique...”; “Chegou a hora de apagar a velinha, vamos cantar aquela musiquinha...”; “Com quem será... Com quem será...”

Ah, aniversário... Tão bom nos nossos primeiros anos de existência... Eu me lembro de como eram maravilhosos... Bolo, brigadeiro, casadinha, doces, balas, refrigerantes, salgadinhos, aquele seu melhor amigo, seu amigo chato, o furão que sempre apagava a velinha do bolo antes de você (geralmente era um primo!), a magia, tudo.

Era uma fase maravilhosa, onde a maldade suja ainda não tinha tomado conta de meu ser, poluindo minha mente. Sei que eu tinha muita inocência, mas acho que isso era o que tornava o mundo maravilhoso. Exemplo disso é quando você começa a estudar microbiologia, pronto, fodeu! Você não consegue mais fazer uma simples feira de frutos, por que acha que será infectado por microrganismos ou, no mínimo, terá uma dor de barriga.

Voltando ao aniversário... Na comemoração dos meus 7 ou 8 anos, sei lá, não lembro direito; houve um fato que me traumatizou imensamente e fez com que minha inocência fosse um pouco abalada. Estava eu, todo empolgado, recebendo amigos, doces e brinquedos de presente... Feliz da vida, achando que era o dono do mundo, até que chegaram meus “tios estribados”, ou seja, montados em dinheiro. Podem me chamar de interesseiro, mas antes deles me desejarem os parabéns, eu já tinha imaginado o tamanho do presente. Fiquei ansioso, curioso em saber qual seria o brinquedo. Até que minha tia veio ao meu encontro, que nesse momento eu estava ao lado de meu pai, e me estendeu duas caixas de presente, mais ou menos do tamanho de um livro.

1ª decepção: as caixas não estavam embaladas com papel de presente, eram caixas de papelão feitas justamente para substituir o tal papel. Então, qual o divertimento de uma criança em abrir o presente se não RASGAR aquele papel. Existe uma magia por trás disso. Sem contar que o utilizamos para colocar embaixo do colchão para ganhar mais presentes. Se não tiver mais papel, não terão mais presentes.

2ª decepção: quando eu segurei as caixas, senti que se tratava de pano, provavelmente roupa.

Pronto! Somente com essas duas decepções seriam suficientes para acabar com meu aniversário, mas aí veio a lapada final, a última:

3ª decepção: minha tia fala na fração de segundo em que meu sorriso estava começando a ficar amarelo:

“- Eram duas camisetas que tinha comprado para seu primo (ou seja, o filho dela), mas não deram, ficaram apertadas. Então eu acho que vão ficar boas em você.”

Agora imaginem essas 3 decepções fundidas em um único momento na vida deste mero mortal. Naquele tempo, acho que foi a mesma sensação que: bater o carro, ser assaltado, levar um fora da namorada, levar um “bolo” da ficante, levar uma topada e cair de boca na calçada, sei lá, alguma coisa assim... Fortemente ruim!

Não a bastava ter me dado ROUPA, ainda tinha que falar aquela frase desgraçada? Que criança no mundo gosta de ganhar roupa de presente? Tudo bem, pode até gostar, mas duvido ela preferir uma camiseta a um boneco do “comandos em ação”, um carro dos “thunder cats”, uma caixinha de “lego”, ou até mesmo a uma bicicletinha do “playmobil”, pode até ser um brinquedo de lojas de R$ 1,99. Aí, para acabar de completar, para jogar a última pá de terra em cima desse defunto que vos escreve, ela fala aquela moléstia.

Até ficaram algumas dúvidas: será que ela não gostava de mim? Será que eu era tão desgraçado? Uma peste? Uma abominação na terra?

Apesar da porrada no meio da venta, tentei expressar uma total gratidão, forcei o maior sorriso que consegui (apesar dos cantos da boca estarem pesando toneladas) e agradeci, afinal de contas, eles se lembraram de mim. Quer dizer, do filho deles primeiro, mas está valendo. 

E quero deixar expresso aqui, para você que é pai, mãe, tio, tia, padrinho, madrasta, avó 15°, padeiro, o que diabo quer que seja. Não dê roupa para uma criança, apesar de você achar que ela ficou feliz, ela não ficou! Pode ter certeza! Ela já tem idade para ser educada suficiente para não deixar você decepcionada. E não dê roupa para uma criança sem embrulho de papel de presente e falando uma desgraça daquelas, isso traumatiza!

sábado, 25 de junho de 2011

Milagre de Santo Antônio


Ê maravilha! É banda de forró; pessoas sorrindo; barraquinha vendendo milho cozido e assado; quentão; canjica; pamonha; licor; bolo de milho; biscoito de milho; sanduíche de milho; pudim de milho; feijão de milho; carne de milho; não sei mais o quê de milho;... Uma loucura só! Ôi côisa bôua, sô! Esse é o Nordeste, não é?

Antes de tudo, uma coisa eu acho curiosa: porque algumas pessoas que dizem "adorar" o São João, "amar" milho, canjica, pamonha e toda essa culinária, não passam os outros meses do ano comendo isso? Só “apreciam” em época de São João? Por que eu sou louco por café e bebo todo dia.

As bandas de forró estão acabando, não existe mais a cultura do forró com zabumba, triângulo e sanfona, isso é "coisa de velho", a onda do momento é tocar forró com guitarras distorcidas, contrabaixo elétrico, teclado, bateria e voz! Lembro-me, certa vez, que estava andando no centro da cidade e, de repente, passei na frente de uma loja que estava tocando um som ambiente (pois é, “ambiente” que saia da loja, mas, tudo bem) que parecia uma banda de heavy metal e com a enorme surpresa em ouvir aquilo, parei! Prestei atenção no som e esperei entrar a voz para tentar reconhecer que banda era aquela. Esperei por uns 30 segundos (eu acho) e, de repente, quando a música chegou a seu ápice (sem voz), ela acabou. Ouvi a gritaria do público e, logo em seguida, entra a música propriamente dita: forró do mais "moderno"! Pois é, a música heavy que acabara de ouvir se tratava de uma introdução da apresentação ao vivo executada pela tal banda. Eu me senti até envergonhado: "como pôde eu ter confundido uma banda de forró com uma de heavy metal?" Passada a vergonha, fui analisar o caso e comecei a prestar mais atenção nessas bandas. Algumas bandas atuais de forró utilizam músicas dos velhos e clássicos Rock and Roll e Heavy Metal. Estilos que os próprios ouvintes dos plágios criticam, dizendo "não entender nada". Paródias de Angra e Scorpions, banda esta que já deu uma grande contribuição as bandas de forró com o disco "acustica", simplificando o trabalho em fazer versões. Não vai demorar muito para ouvirmos versões do Metallica, Megadeth, Sepultura e Slayer.

Outra coisa que acho, no mínimo, engraçado, não só em festas juninas, mas em qualquer festa contemporânea é: onde estão os cachos? Nossa cultura de enaltecer a magreza desumana e madeixas completamente lisas fez com que as mulheres ficassem todas do mesmo jeito! Quando eu caminho em meio à multidão, acho que estou andando somente em círculos, porque sempre me deparo com um cabelo "escovado/chapado" penteado para o mesmo lado. Pior ainda quando algum tipo de coloração está em "moda", aí lascou! É cabelo liso em todo canto, penteado para o lado, deixando cair uma leve franja e com uma coloração mais "agalegada" nas pontas! E para completar, acho legal quando algum site resolve tirar uma foto do grupo de amigas, todas fazem a mesma pose de mostrar somente um lado do rosto, quebrando o pescoço. Isso sem contar naquelas que ainda dão uma agachadinha, sem sequer ter alguém atrás para poder aparecer.

Uma coisa foge um pouco às festas maiores que ocorrem nos centros das cidades, são as famosas “rezas” ou simpatias para casório! Desculpe-me se você já fez isso, ou se algum parente já o fez, mas a única coisa que penso quando vejo esse tipo de coisa é: "Ô MULHER DESESPERADA! Essa daí foi renegada até pelo capeta!”. O problema, que ela não enxerga, é que quando um homem vê uma mulher nesse nível de secura, ele corre! Não tem para onde, o homem se assusta com uma mulher nesse estado. Porém, existem aquelas que conseguem um "desesperado" (pois não existem somente mulheres na "secura") no meio da multidão, matando cachorro a grito, vê a dita cuja desesperada gritando e segurando no pau de Santo Antônio... Já era! O "milagre" foi concebido.

Bem, mas no fim tudo vira uma grande diversão e brincadeira, então é bacana. Afinal, devemos curtir nossa vida, cada qual respeitando o próximo e a vida! Então que venha o quentão...

Boas festas!

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que é ser "fake"?



Fake” é um termo utilizado nas redes sociais para definir um perfil, de qualquer programa, que é utilizado sem qualquer informação concreta do usuário, como um perfil falso.

A postagem anterior, com o título “quer dar uma chupada na minha barba?”, fez-me refletir em alguns pontos, como: mercado de trabalho, senso comum e em como nos adaptamos na sociedade comum do capitalismo, ou seja, nossa realidade e cotidiano. Com isso inquietou-se, ainda mais, uma indagação em mim: eu sou “fake”?

Vou utilizar meu exemplo sobre o ser “fake”. Estou trabalhando na educação e, em meu ambiente de trabalho, trajo-me de forma completamente diferente dos eventos de Heavy Metal que participo, porém, sinto-me extremamente confortável: vestido em gola pólo e calçado em sapato (quase) social no meu ambiente de trabalho; e com minhas camisetas de bandas de Metal extremo e coturnos nos eventos do tal estilo. Eu iria sentir-me completamente incomodado caso ocorresse o inverso. Nesse caso, estou “não sendo eu”? Estou sendo falso, hipócrita, “fake”? Mas eu me sinto trajado adequadamente (em minha humilde opinião) em meu ambiente de trabalho, de forma em ser eu mesmo; da mesma forma nos eventos musicais que gosto, a exemplo do Heavy Metal classificado como ‘extremo’, que são os estilos Death e Black Metal. Não me sinto sendo “fake”, faço as duas coisas com imenso prazer, mas para algumas pessoas (com viseiras) parece que é uma coisa impossível.

Voltando ao assunto do segundo parágrafo (sobre a postagem “quer dar uma chupada na minha barba?”), sei que o título causa uma repulsa logo de cara, lógico! Ele foi feito com esse objetivo! Mas o fato é que (eu sei) que alguns colegas vêem meu blog como uma coisa que “um professor de agricultura” não deveria fazer. Porém um blog, a meu ver, é um local destinado ao entretenimento, não a minha profissão.

Essas questões podem parecer infantis, sem embasamento teórico ou até ser certa revolta por algum comentário direto de alguém (esse último não ocorreu, acredite!). Mas, esses questionamentos me atiçaram por que fiquei sabendo (por um canal televisivo) que empresas estavam determinando a contratação de empregados observando os perfis dessas pessoas em sites de relacionamento na internet. Então isso quer dizer que tenho que ser ‘profissional’ em um site de entretenimento, onde eu não estou em meu local de trabalho? Tenho que ser ‘profissional’ para falar com meu amigo de infância, que me trata de forma íntima? (Por vezes, os comentários desses amigos estão recheados de palavras de baixo calão, porém isso é uma forma de amizade que tenho com “aquela” pessoa em questão, não confunda com o tratamento dado a você!). Voltando aos questionamentos: tenho que ir vestido de gola pólo e calçado em sapato social para o show da Crematorium, porque meus estudantes irão ver o show e “podem julgar como algo violento” ou não adequado para um professor?

Essa postagem acabou servindo mais como um desabafo sobre algumas indagações que tenho, tanto é que acho que foi a postagem com mais interrogações.

Muito obrigado pela enorme atenção!

Atenciosamente,
Marcos Cafezado.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quer dar uma chupada na minha barba?

 
Você, por algum acaso, teve repúdio a pergunta acima? Pois é, várias pessoas me olham com a tal cara de repúdio e soltam a pérola: “você já pensou em tirar a barba?”. A resposta que dá vontade de sair de minha boca é: “Não! As propagandas de lâminas de barbear que passam na televisão só me fazem pensar em raspar minha canela, P*%%@!”

Lógico que já pensei em ‘tirar’ a barba, na verdade até já tirei e me arrependi nas únicas três (eu acho) vezes que tirei. E fico incomodado físico e psicologicamente quando estou sem barba.

A questão não é se “já pensei”, isso é normal. Caso eu peça para você se imaginar comendo um tolete, você vai imaginar! No mínimo vai imaginar alguém comendo um tolete, mas vai. O pensamento vem antes. Mas a questão, que acho BEM SIMPLES, é que eu não gosto de “tirar” a barba! Só! E o interessante é que as pessoas acham que isso é absurdo, que é impossível alguém gostar de usar os devidos pêlos. Ah! Vá...

Você não gosta de usar barba? Tire a sua! Não gosta de me ver com barba... Morra ou fique cego! Quem é você no jogo do bicho? Acha nojento? Aposto que tem partes do seu corpo que são mais sujas que minha barba. Duvida?! Vamos a algum laboratório de microbiologia?

Esses questionamentos sobre a aparência são pontos polêmicos na vida contemporânea, um exemplo disso é o mercado de trabalho, onde não se pode mais trafegar com alguns pêlos no rosto. O que está resultando em uma sociedade “antipelo”. Prova disso são os homens que se depilam para “as mulheres”, por exemplo! Os homens estão depilando o colo, as sobrancelhas, as costas, estão até implantando silicone! Para homens mesmo, não para transformistas. E as mulheres, cada vez mais, preferindo homens com menos pêlos, peitos maiores (que até parecem seios) e rostos angelicais. Pode reparar como os galãs do cinema contemporâneo contêm traços femininos. Se demorar mais, vão começar a cobrar a depilação dos braços, antebraços, canela, pé, dentre outros.

Sei que estamos no mundo das diferenças e você faz de seu corpo e sua vida o que bem entender, agora, deixe EU viver a MINHA vida em paz! (com erro de português mesmo! Morra!). Já não basta eu ter que me “moldar” no trabalho, que apesar de não ter proibições, sei que na sociedade prevalece o senso comum; ainda tenho que aguentar comentários e indagações sobre minha aparência facial, o que na verdade é mais um retrato de seus conceitos sobre o assunto.

Eu respeito você mencionar que não gosta de minha aparência. Agora, pedir para eu tirar os tais pêlos por que “vou ficar menos feio”, isso sem nem sequer ser minha nobre namorada? Nem irei me estender no meu comentário, fique somente com o seu (que já é o bastante) que aí não perdemos nossa amizade, tá? Pode ser? Tranquilo? Obrigado!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nova geração!



Estou ficando velho! Foi essa a conclusão que tive de minha pessoa por esses tempos.

Percebi que não suporto crianças que parecem ter sido programadas para certas atividades. Lembro-me de minha velha e querida infância, onde eu brincava na rua de esconde-esconde, garrafão, cuscuz (foto), bola de gude, pista de tampinha... Vixe! Esta página seria pouca para descrever as brincadeiras. Bem, mas eu achava que eram brincadeiras saudáveis, que apesar de algumas brincadeiras parecerem violentas, não me causaram nenhum trauma. Será que hoje eu estou vendo que eu não passava de um retardado, que estudava pouco?

Com a aceleração da vida contemporânea, os pais têm que trabalhar e deixar o(a)(s) filho(a)(s) ocupado(s) o dia todo, com escola, internet, cursinho de inglês, internet, curso de computação...

Talvez isso seja um sentimento ruim de inveja que eu sinto, mas não acredito que essas crianças sejam realmente felizes. Sei que não sou dono da verdade, nem sei o que qualquer pessoa realmente sente, aliás, ninguém no mundo sabe o que outra pessoa pensa realmente, mas isso é assunto para outra postagem. Bem, voltando... Acho que essas crianças podem não ser felizes, porque os (ir)responsáveis acabam fazendo uma pressão psicológica muito grande nelas. Acabo vendo crianças muito maduras em determinados pontos, porém completamente imaturas no quesito de sentimentos. São crianças inteligentes em conceitos acadêmicos, ou em habilidades físicas com instrumentos, ou em qualquer coisa que a destaque. Precisamos “fabricar” um filho!

Por isso, quem acaba me enojando são os “adultos” que fazem a lavagem cerebral na criança, mostrando o quanto ela é especial, uma criança de cinco anos! De tanto esses “adultos” bajularem a pobre criatura, ela acaba acreditando que é a única “especial” e, pela falta de maturidade (que se adquire com experiência), acaba achando que o mundo gira ao seu redor, fazendo com que ela perca o brilho de uma ‘criança’ (de verdade) com habilidades especiais e passe a ser uma criatura arrogante que irá se decepcionar, mais cedo ou mais tarde, com a falta de atenção que os mesmos “adultos” começaram a lhe dar.

Emissoras de televisão são responsáveis por isso. Programas de auditório que forçam uma criança a ter perfil de adulto e uma platéia que não passa de macacos retardados alienados, que além de baterem palmas para qualquer coisa imbecil, ainda tem que esperar um “animador de auditório” (nem sei se é esse o termo correto) mostrar aos macacos a hora “correta” de aplaudir. Aliás, não posso ofender nossos colegas primatas! Porque essa “platéia”, que mais se classifica como “massa” acéfala, está abaixo do nível de nossos amigos. Temos ainda também os meros Civis que assistem ao programa em casa, achando “linda” aquela aberração. Ah! Vá...

Não sei quem é pior: as emissoras que investem na situação, a “massa” televisiva, os pais adestradores, o escritor de tal postagem, ou ambos (?). Por que, como mencionei anteriormente, pode ser algum sentimento de inveja, ou algum trauma adquirido pela brincadeira do cuscuz... Não sei! Só sei que o mundo está ficando cada vez mais artificial e doente!

Sou a favor de admirar e incentivar aquilo que o ser humano faz de melhor, mas de uma forma que não transforme a mente deste cidadão em única no mundo. Estude, treine, aprimore suas habilidades, mas lembre-se de que não importa o quanto você seja bom, a verdadeira admiração por uma pessoa vem de suas técnicas aliadas à forma em como você é realmente como SER humano.

sábado, 26 de março de 2011

Coraçãozinho pro’cês!



Ultimamente, para demonstrar algum tipo de afeto ou carinho por outrem, algumas pessoas tentam demonstrar com as mãos o formato de um coração. Até aí, tudo bem! Terrível é quando um indivíduo, com baixa auto estima, quer lhe forçar a fazer o determinado gesto!

Há um tempo ocorreu até um evento curioso em que uns adolescentes estavam brigando por que o "Luan Santana fez o coraçãozinho do Restart". Ah! Vá... Quem registrou este pseudo coração feito com as mãos? Outra: Quem diabos está ganhando o quê, para ser o primeiro ou único a fazer esta besteira?

Todo fã é imbecil! Digito isso (e digo também) porque sou fã de várias pessoas. E o que acontece é que idolatramos e amamos em excesso alguma coisa que o ídolo faz que, por vezes, não é lá essa coisa toda. Mas enfim, toda boa expressão de arte, ética, habilidade, etc., deve ser avaliada e, dependendo, apreciada. Isso o ser humano faz naturalmente. Agora, endeusar o outro é que é um problema!

Sempre ocorrem fatos em que fãs ficam chateados com seus ídolos somente por que o dito cujo não deu a atenção que ele achava que merecia.

Já imaginou se, por acaso, a cantora internacional Beyoncé fosse dar a atenção que todo fã acha que merece? Ou se Felipe Neto fosse responder todos os “tweet’s” que enviam a ele? Eles não iriam fazer mais nada na vida.

Esquecemos que o idolatrado é um ser humano também e que a diferença entre o ídolo e o fã é que o ídolo aprimorou técnicas que você aprecia. Às vezes acontece de fãs se decepcionarem com seus ídolos quando os conhecem pessoalmente, por que “achavam que era outra pessoa”.

Aprecie o trabalho das pessoas, mas não as coloque em um pedestal por causa disso! Lembre-se, você é mais importante que ela, somente pelo fato de você existir e ter a consciência de que pode fazer algo maravilhoso pelo mundo; só depende de você. E com base nisso, em nós, meros fãs mortais, deixo-lhe o meu “coraçãozinho”.

Afinal, eu acho está forma (da foto) mais parecida com um coração, você concorda? Repara nas artérias...

“ô Ô ô ô Bloco... ô Ô ô ô Bloco... ô Ô ô ô Bloco In Rio”


Rock In Rio? Meus pêsames! Já se foi o tempo em que a cultura tinha certo respeito pela classe. Já não bastava ouvir axé durante o ano todo?

Pois é, ainda não achei uma resposta que me deixasse tranqüilo, porque a situação em si não me deixa tranqüilo! Axés, forrós, sertanejos e afins, já fazem parte da mídia jornalística o tempo todo, em emissoras de TV, em rádios, em carros, em celulares alheios, enfim... Todo lugar já é favorecido por esses estilos musicais e quando vai ocorrer o único evento de Rock and Roll televisivo nacionalmente coloca Ivete Sangalo e Cláudia Leite?! Daqui a pouco, vão começar a vender “O abada do Rock In Rio”, “venham para o Bloco do Rock In Rio!”... Chega!

O que os responsáveis acham? Que no Brasil não tem público suficiente para tal evento? Têm que colocar atrações dos mais diferentes estilos para poder “atrair” público? Eu moro no interior do Nordeste e conheço alguns colegas que já compraram o ingresso. 

Mudar de opinião mostra que você está aberto a mudanças, isso eu acho legal até certo ponto, dependendo da situação. Mas existem situações onde eu defendo a divisão das classes. Sei que “bairrismo” ou “tribos” são divisões e se levadas ao extremo podem causar brigas e até mortes, não concordo com isso, mas essa “mistureba” toda é demais.

Os estilos musicais “mais convencionais” já têm seu espaço muito amplo. O Heavy Metal no Brasil é que é mais restrito, dependendo do estilo é classificado até como “underground” (algo como “embaixo da terra”), nunca ouvi esse termo para a música sertaneja. Aliás, o estilo musical ‘sertanejo’ não existe mais! A música sertaneja seria feita retratando “O” sertanejo e suas culturas, o que temos hoje em dia são letras falando de relacionamento amoroso com uma base musical muitas vezes com o pé no pop rock, estilo esse classificado como “universitário”.

Cada pessoa tem seu gosto e merece respeito, isso eu defendo até a morte, porque eu mesmo escuto bandas que sei que uma minoria escuta, justamente por tamanha estranheza. Então que respeitem o velho Rock and Roll.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O "Blogão"!


Sei que essa conversa toda do blog da Maria Bethânia já encheu a todos, tantos os que aprovam quanto os que reprovam. Mas quero somente deixar a minha opinião diante não do dinheiro envolvido, mas do objetivo final desse blog da Maria.

A quantia de 1,3 milhão é considerável para a produção de um blog, mesmo com toda a estrutura que irá ter, pode colocar até para ela gravar na lua, em Plutão ou, quer dizer... Plutão foi rebaixado, enfim... Em qualquer lugar. A questão principal não é a produção, se quiser eu posso gastar 1,3 milhão só comendo sushi (e olha que eu gasto), mas para que diabos eu vou querer ver uma poesia por dia? A única utilidade desse blog será para satisfazer os apreciadores de poesia e os fãs de Maria Bethânia.

Da mesma forma que o 1,3 milhão gasto em sushi iria satisfazer a minha pessoa, os donos dos restaurantes, o dono do imóvel e os fornecedores/atravessadores do material, o 1,3 milhão irá satisfazer a Maria Bethânia, os produtores dos vídeos e os fãs de poesia e da própria Maria. Enfim, não acredito que o blog irá fazer com que pessoas que não gostem de poesia irão começar a gostar depois do blog. Esse dinheiro poderia ser utilizado para maior investimento na cultura e não para sujar ainda mais os umbigos alheios.

O nome do projeto do blog é: “o mundo precisa de poesia”. Eu concordo, desde que ele não precise mais de educação e saúde (isso nem sequer chega a ser o básico do que eu penso). Porque não lança um livro com prensagens suficientes para as comunidades carentes?  Ou a própria Maria Bethânia realizar palestras nas comunidades carentes para mostrar a beleza da poesia? Sairia bem mais em conta. Isso em relação à cultura, a “converter” as pessoas para apreciarem poesia, porque minha opinião ainda seria em investir a quantia em outras áreas.

Maria Bethânia olhou seu lado (e das pessoas que estão com ela), os maiores pecadores, na minha humilde opinião, são dos responsáveis que liberaram a verba para tal. A falta de ética chega a me emocionar, enquanto isso eu tomo meu café...

terça-feira, 22 de março de 2011

Toda pessoa se acha dona da verdade, inclusive você!





A meu entender, o ‘blog’ é um local onde a pessoa responsável (ou responsáveis) expressa seus pensamentos, idéias, músicas... O que quer que seja. Cada indivíduo tem sua subjetividade que foi composta por toda sua experiência adquirida na vida. E se cada um tem seus pensamentos sobre as coisas, a diferença é que um ‘blogger’ os externa.

Qual o motivo de toda essa ladainha? É somente uma hipótese. O fato é que eu nunca fui de expressar minha opinião abertamente, pelo menos até esses últimos tempos, porém isto aqui é um texto digitado para este “blog” por minha pessoa.

Nesse caso, quem lê um determinado blog irá ter suas conclusões: “ele está certo”; “ele está errado”; “não concordo com isso”; “babaca!”; “não sabe escrever”...

Fiz este não sei por que, mas já que fiz, vou divulgar meus trabalhos em relação ao entretenimento (não que eu ganhe dinheiro com isso, muito pelo contrário...). Irei divulgar matérias relacionadas a banda da qual faço parte, a Crematorium. Terão postagens justamente para isso.

Talvez eu exclua este blog, transforme ou simplesmente o deixe de lado. Já tentei fazer um, mas me arrependi. Não sei se este será somente provisório. Mas, por enquanto, vou divulgando meus pensamentos, músicas, fotos... Enfim, o que eu achar interessante.

Caso você tenha tido a paciência de ter lido até aqui, muito obrigado!

Atenciosamente,
Marcos Cafezado.

Tecnologia...


Estou tentando me adaptar a novas tecnologias. Evolução ou regressão? Não sei! Só o tempo para responder. Mas enfim, a internet é uma ferramenta, basta saber utilizá-la... Coisa que ainda não sei, mas quero aprender.

Modificando uma frase de um "famoso" cantor brasileiro: "Tecnologia, eu quero uma pra morrer!"