quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quer dar uma chupada na minha barba?

 
Você, por algum acaso, teve repúdio a pergunta acima? Pois é, várias pessoas me olham com a tal cara de repúdio e soltam a pérola: “você já pensou em tirar a barba?”. A resposta que dá vontade de sair de minha boca é: “Não! As propagandas de lâminas de barbear que passam na televisão só me fazem pensar em raspar minha canela, P*%%@!”

Lógico que já pensei em ‘tirar’ a barba, na verdade até já tirei e me arrependi nas únicas três (eu acho) vezes que tirei. E fico incomodado físico e psicologicamente quando estou sem barba.

A questão não é se “já pensei”, isso é normal. Caso eu peça para você se imaginar comendo um tolete, você vai imaginar! No mínimo vai imaginar alguém comendo um tolete, mas vai. O pensamento vem antes. Mas a questão, que acho BEM SIMPLES, é que eu não gosto de “tirar” a barba! Só! E o interessante é que as pessoas acham que isso é absurdo, que é impossível alguém gostar de usar os devidos pêlos. Ah! Vá...

Você não gosta de usar barba? Tire a sua! Não gosta de me ver com barba... Morra ou fique cego! Quem é você no jogo do bicho? Acha nojento? Aposto que tem partes do seu corpo que são mais sujas que minha barba. Duvida?! Vamos a algum laboratório de microbiologia?

Esses questionamentos sobre a aparência são pontos polêmicos na vida contemporânea, um exemplo disso é o mercado de trabalho, onde não se pode mais trafegar com alguns pêlos no rosto. O que está resultando em uma sociedade “antipelo”. Prova disso são os homens que se depilam para “as mulheres”, por exemplo! Os homens estão depilando o colo, as sobrancelhas, as costas, estão até implantando silicone! Para homens mesmo, não para transformistas. E as mulheres, cada vez mais, preferindo homens com menos pêlos, peitos maiores (que até parecem seios) e rostos angelicais. Pode reparar como os galãs do cinema contemporâneo contêm traços femininos. Se demorar mais, vão começar a cobrar a depilação dos braços, antebraços, canela, pé, dentre outros.

Sei que estamos no mundo das diferenças e você faz de seu corpo e sua vida o que bem entender, agora, deixe EU viver a MINHA vida em paz! (com erro de português mesmo! Morra!). Já não basta eu ter que me “moldar” no trabalho, que apesar de não ter proibições, sei que na sociedade prevalece o senso comum; ainda tenho que aguentar comentários e indagações sobre minha aparência facial, o que na verdade é mais um retrato de seus conceitos sobre o assunto.

Eu respeito você mencionar que não gosta de minha aparência. Agora, pedir para eu tirar os tais pêlos por que “vou ficar menos feio”, isso sem nem sequer ser minha nobre namorada? Nem irei me estender no meu comentário, fique somente com o seu (que já é o bastante) que aí não perdemos nossa amizade, tá? Pode ser? Tranquilo? Obrigado!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nova geração!



Estou ficando velho! Foi essa a conclusão que tive de minha pessoa por esses tempos.

Percebi que não suporto crianças que parecem ter sido programadas para certas atividades. Lembro-me de minha velha e querida infância, onde eu brincava na rua de esconde-esconde, garrafão, cuscuz (foto), bola de gude, pista de tampinha... Vixe! Esta página seria pouca para descrever as brincadeiras. Bem, mas eu achava que eram brincadeiras saudáveis, que apesar de algumas brincadeiras parecerem violentas, não me causaram nenhum trauma. Será que hoje eu estou vendo que eu não passava de um retardado, que estudava pouco?

Com a aceleração da vida contemporânea, os pais têm que trabalhar e deixar o(a)(s) filho(a)(s) ocupado(s) o dia todo, com escola, internet, cursinho de inglês, internet, curso de computação...

Talvez isso seja um sentimento ruim de inveja que eu sinto, mas não acredito que essas crianças sejam realmente felizes. Sei que não sou dono da verdade, nem sei o que qualquer pessoa realmente sente, aliás, ninguém no mundo sabe o que outra pessoa pensa realmente, mas isso é assunto para outra postagem. Bem, voltando... Acho que essas crianças podem não ser felizes, porque os (ir)responsáveis acabam fazendo uma pressão psicológica muito grande nelas. Acabo vendo crianças muito maduras em determinados pontos, porém completamente imaturas no quesito de sentimentos. São crianças inteligentes em conceitos acadêmicos, ou em habilidades físicas com instrumentos, ou em qualquer coisa que a destaque. Precisamos “fabricar” um filho!

Por isso, quem acaba me enojando são os “adultos” que fazem a lavagem cerebral na criança, mostrando o quanto ela é especial, uma criança de cinco anos! De tanto esses “adultos” bajularem a pobre criatura, ela acaba acreditando que é a única “especial” e, pela falta de maturidade (que se adquire com experiência), acaba achando que o mundo gira ao seu redor, fazendo com que ela perca o brilho de uma ‘criança’ (de verdade) com habilidades especiais e passe a ser uma criatura arrogante que irá se decepcionar, mais cedo ou mais tarde, com a falta de atenção que os mesmos “adultos” começaram a lhe dar.

Emissoras de televisão são responsáveis por isso. Programas de auditório que forçam uma criança a ter perfil de adulto e uma platéia que não passa de macacos retardados alienados, que além de baterem palmas para qualquer coisa imbecil, ainda tem que esperar um “animador de auditório” (nem sei se é esse o termo correto) mostrar aos macacos a hora “correta” de aplaudir. Aliás, não posso ofender nossos colegas primatas! Porque essa “platéia”, que mais se classifica como “massa” acéfala, está abaixo do nível de nossos amigos. Temos ainda também os meros Civis que assistem ao programa em casa, achando “linda” aquela aberração. Ah! Vá...

Não sei quem é pior: as emissoras que investem na situação, a “massa” televisiva, os pais adestradores, o escritor de tal postagem, ou ambos (?). Por que, como mencionei anteriormente, pode ser algum sentimento de inveja, ou algum trauma adquirido pela brincadeira do cuscuz... Não sei! Só sei que o mundo está ficando cada vez mais artificial e doente!

Sou a favor de admirar e incentivar aquilo que o ser humano faz de melhor, mas de uma forma que não transforme a mente deste cidadão em única no mundo. Estude, treine, aprimore suas habilidades, mas lembre-se de que não importa o quanto você seja bom, a verdadeira admiração por uma pessoa vem de suas técnicas aliadas à forma em como você é realmente como SER humano.