Caso eu, mero pedestre, me depare indo de encontro a você em alguma
calçada da vida, tentarei me esquivar, para a esquerda ou direita, afim de que
continuemos com os nossos dentes na boca. No mundo dos pedestres, como não existe
a “passada defensiva”, nem seta (ou pisca) de sinalização para mudar de
direção, escolho qualquer lado e vou. O problema é quando a outra pessoa (que
pode ser você) resolve mudar a direção no mesmo instante e para o mesmo lado.
Nesse momento, acho que é comum para todos, jogamos nosso corpo imediatamente
para o outro lado. Se nós dois tivermos o mesmo reflexo (ou lerdeza) ficaremos
dançando um tango até nos encontrarmos e desviarmos quase a ponto de nos
chocar.
Até hoje nunca ouvi falar de alguém que tenha dado com a boca na testa
do outro, depois da dança. Sei que muitos já beijaram ferros, placas, postes, até
outras pessoas. Mas não depois da dança, mesmo que ocorra esse choque, nunca
ouvi falar de ninguém que tenha perdido os dentes da boca com isso.
Não estou aqui reclamando do suposto tango, porque sei que isso é
normal para quem anda em locais com muitas pessoas e seria exagerado (talvez)
se nós utilizássemos “setas” para indicar o caminho que iríamos tomar.
Porém, os automóveis possuem tais apetrechos por lei e muitos
desgraçados (e desgraçadas) simplesmente esquecem que tem. E o pior, na calçada
eu posso perder alguns dentes, ou óculos... Ou ganhar a vergonha, ou então a
marca de algum aparelho odontológico bem na minha testa. Mas na pista é
diferente, o caso é mais sério, eu posso perder a vida ou a vida de algum ente
querido.
Que preguiça desgraçada sua é essa, que não consegue levantar a merda
de um dedinho da mão esquerda para poder levantar ou abaixar a meleca dessa
alavanca? Por acaso você está com câimbra no seu orifício corrugado e está utilizando
esse dedinho para não deixá-lo torto? Eu acho que deve ser isso!
Outra coisa! A seta é utilizada para você avisar para os demais (pedestres
ou condutores) onde você vai adentrar com seu veículo. Então DÊ A PORRA DA “BOA
SETA” COM ANTECEDÊNCIA! Eu não sou “Pai Dináh” para adivinhar onde você vai
entrar.
Por isso eu peço, encarecidamente: mostre-me sua “boa setinha”! Se você
me mostrar sua “boa setinha”, eu garanto que não adentro na sua traseira.
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