Psiu... Deixa eu
te contar um segredo?! Uma coisa que talvez lhe deixe chocado(a), abismado(a),
abestalhado(a), abobalhado(a)... Talvez essa revelação mude sua vida... Vou contar:
O voto é secreto!
E além do voto ser secreto, eu zelo pela minha paz. Então quando você for expor seu pensamento, cuidado! Você pode estar ferindo licitamente o direito de outra pessoa.
Ultimamente, na minha humilde vida, eu acho que deve estar ocorrendo uma, ou
até duas ou três, dentre três coisas:
1. A
política atualmente está virando uma palhaçada partidária sem tamanho em
relação à quantidade de propaganda NÃO gratuita;
2. Minha
batalha constante em relação a controlar minha raiva não está tendo resultado;
e, ou,
3. O
mal de Alzheimer realmente está em um nível avançado em minha pessoa, a ponto
de eu não lembrar como foi a eleição passada.
Quando
mencionei, no 1º item, que se tratava de propaganda “NÃO” gratuita, eu falava
sério! Na semana passada, eu estava tranquilo em deleite com meu sofá e
assistindo, prazerosamente, um filme. Quando de repente eu reparo que estou
estressado, aumentando o volume da televisão, sem me dar conta do que se
tratava. Parei e fui prestar atenção o que era... Era justamente um comício de
vereador, com vários carros e motos, equipados por buzinas e sons infernais,
que passavam na rua, fazendo a propaganda do desgraçado, candidato a eleição!
Não deu outra, tive que pausar o filme e esperar que aquela
“motoabestalhadocarreata” passasse para eu poder retornar ao enredo da
produção, tirando toda a expectativa da trama, jogando no lixo os três ou
quatro anos que o diretor levou para poder editar o filme de uma forma que “EU”
pudesse “entrar” e me comover com a história.
Então quando eu
menciono que se trata de uma propaganda NÃO gratuita, explico que tive que
deixar meus aparelhos ligados, em espera, por infernais VINTE E SETE MINUTOS!!!
Isso mesmo! O comício durou, contados em relógio... Quer dizer, em celular, 27
minutos! Isso sem contar que perdi, praticamente, meu dinheiro em comprar um
filme, já que o comício fez a questão de transformar o final do filme em uma
fotografia em preto e branco. Sem contar, também, no remédio para azia que tive
que tomar, tamanha a raiva pelo momento.
Agora vamos fingir que eu não sou
eu... Ou melhor, que eu estivesse em outro lugar. Vamos supor que eu estivesse na esquina da rua, a paisana, sem ter nada o
que fazer e, de repente, eu começo a ver o mesmo comício. Responda-me: eu
mudaria o meu voto somente porque eu vi um carro que não dá para ver a cor
original, tamanha a quantidade de adesivos colados em sua lataria? Eu mudaria
meu voto porque motos e carros estão buzinando freneticamente, fazendo questão
de mostrar o número do candidato em bandeiras? Eu mudaria meu voto porque vejo
várias pessoas, com caras pintadas, dentro de vans olhando para mim, sorrindo e
mostrando números com os dedos das mãos? Aliás, não me responda... Eu me
respondo: NÃO! Eu não mudaria meu voto!
Aliás, essas
atitudes reafirmam ainda mais que eu não irei votar nesse candidato. Que suja a
rua com panfletos, buzinas, falta de paz, promessas e dinheiro sujo.
Muito obrigado, senhor candidato, a
mostrar realmente quem você é!
Agradecido!